sábado, 29 de agosto de 2009

De conteúdo, só a cara mesmo...



Foto: reprodução
O deputado estadual João Mellão Neto (DEM-SP) tem sua coluna publicada todas as sextas-feiras no jornal O Estado de S. Paulo. Dia 28 de agosto de 2009 a página dois do diário paulista trouxe o texto do colunista, intitulado "Nós ainda acreditamos na ética". A coluna aborda PT, Sarney e outros tópicos em pauta no momento na amada e idolatrada Braziland.

Lá pelas tantas, ou melhor, a partir do segundo parágrafo, o autor escreve:
"Nas universidades e na intelectualidade em geral, o pensamento marxista prevalecia. Eu, então, era estudante. E naquela época quem não abraçava a causa de Marx era automaticamente tachado de simpatizante da ditadura. O regime militar bem que alimentava essa dicotomia. Para seus defensores, quem não era favorável ao sistema era imediatamente identificado como comunista. E assim fluía o pensamento: marxistas de um lado e militaristas de outro, não havia lugar para liberais e democratas. E o que é o marxismo ou, como proclamam os seus seguidores, a 'causa'? A 'causa' é a mais nobre das aspirações que um humano possa ter. Ela defende o comunismo como etapa necessária para se chegar ao socialismo. (...)"

Parei.

Matutei, matutei e matutei. Fiz um esforço tremendo para me lembrar das aulas de História que tive nos antigos cursos ginasial e colegial nas escolas estaduais paulistas às quais frequentei na década de 80 do século passado aqui em São Paulo, capital.

Vieram à mente imagens de professores queridos e alguns amigos de sala de aula. Também veio a lembrança de que meus professores me explicaram que aquilo que o senhor Mellão denomina "causa" defendia, na verdade, que o socialismo era a etapa que antecederia o comunismo.

Fiquei preocupado. Chequei a informação com amigos formados pela USP. Torci para que eu estivesse errado e, assim, pudesse fazer cara de conteúdo. Infelizmente minha memória não me traiu. Já sobre a do senhor Mellão, não posso afirmar o mesmo.

Uma pena para o jornal. Uma pena para o colunista. Uma pena para os leitores. Uma pena para o país....

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