ReproduçãoTenho a sorte de ter bons interlocutores com os quais posso dialogar sobre os mais variados temas. Na semana que terminou, conversava por e-mail com amigos sobre um país chamado Brasil que, neste blog , recebe a alcunha de Braziland.
Em dado momento da conversa, levantei a questão das tantas críticas negativas - cujo cunho parece ser mais ideológico que pragmático -, feitas ao atual governo e também da minha tentativa de encontrar, junto ao grupo socio-econômico-cultural com o qual tenho conversado sobre o tema, críticas negativas baseadas em fatos e em dados objetivos, portanto pragmáticos, que tenham prejudicado a subsistência/sobrevivência cotidiana das pessoas questionadas e, portanto, justificassem uma oposição de cunho pragmático ao atual governo. Ainda não consegui tais dados. Mas a busca continua.
Neste sentido, a jornalista Suely Caldas, em sua coluna de domingo, 24 de janeiro, em O Estado de S. Paulo - cujo jornaleiro próximo de minha casa aqui no bairro do Jaraguá, na cidade de São Paulo, insiste em chamar de "O Estrago de S. Paulo"-, relembra encontro que teve com a saudosa dona Zilda Arns.
Segundo a jornalista, dona Zilda, ao ser questionada sobre sua ideologia, respondeu de forma simples: "Não sei". E, ainda segundo a profissional do Estadão, Dona Zilda complementou a resposta explicando que quando foi diretora de Saúde do governo do Paraná, nos anos 70, foi criticada por seus amigos de esquerda, que a acusavam de servir à ditadura.
Ainda segundo Suely Caldas, dona Zilda continuou a resposta dizendo não se importar "com a esquerda, nem com o governador, nem com os ditadores" porque para ela o mais importante era fazer seu trabalho de "levar saúde pública para crianças pobres".
A jornalista do Estadão aponta mais adiante em seu artigo que a sabedoria de dona Zilda Arns foi ser pragmática e não ficar refém de questões ideológicas.
Não tendo nada mais a acrescentar sobre mais esta passagem de dona Zilda, vou tomar um chá...
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